30 junho 2011

#10 Sonic the Hedgehog



1991 foi o ano de lançamento da (nova) mascote oficial da SEGA, Sonic the Hedgehog. Tudo bem é um porco-espinho azul (?!) mas... E que história é essa de nova mascote? Existia uma velha outra? Calma, calma eu explico. Existia ou existiu uma mascote logo no início de carreira do console de 8 bits da Service Games (entenderam o SEGA?) e seu nome era Alex Kidd.



Não se engane pela arte da caixa.
Esse jogo é muito bom
Alex Kidd foi uma cópia “quase descarada” do bigodudo Mário da Nintendo que tanto fazia sucesso. Alex possuía jogos de plataforma que requeriam alguma exploração, uso de itens, poderes e até algumas máquinas (como no excelente Alex Kidd in Miracle World). Mas, não pegou. Alex não conseguiu a simpatia da criançada e rapidamente seus jogos foram esquecidos em algum canto numa prateleira do passado. Voltando a falar de Sonic, o que deu certo. A Sega cansada de ver sua mascote entregue as traças radicalizou e lançou uma nova. Dessa vez nada de exploração, busca de itens e poderes. Dessa vez um jogo com ação, adrenalina, corrida, sem uso de muitos botões (apenas um na verdade) e com um objetivo claro e simples: diversão.

Agora sim, estamos falando do excelente jogo lançado no auge, pelo menos no Brasil, do Master System: Sonic the Hedgehog (a versão para Master é um port da versão lançada para o Mega Drive, mas os jogos não se parecem em nada). Esqueça Mário, Alex Kidd, Chocobo(?), esse sem dúvida foi a grande mascote dos videogames em muito tempo. É claro que alguns fãs de Mário e Cia. vão aparecer dizendo que não. Mas, na minha opinião, no fator empatia Sonic desbancou o italiano por um bom tempo (hoje, quem diria, eles até estrelam jogos juntos como Mario and Sonic at the Olympic Winter Games para Nintendo Wii). Isso pelo menos até o excelente Super Mario 64 (1996) – mas aí já é outra história...

O jogo foi um salto de qualidade imenso em questão de gráficos e trilha sonora para o console. Sonic foi produzido pelo Dream Team (ou Sonic Team) da Sega. E deve-se admitir que os programadores fizeram mágica ao trazer um jogo tão bacana e bonito para o Master System. Há quem nunca gostou de Sonic, fazer o que né? Tem gente que torce pro Flamengo (juro!). 

O Master System III Compact (eu tinha um desses!!!)
+ Sonic the Hedgehog = alegria da criançada
Sonic e seus amigos, os animais da floresta, viviam felizes da vida até que o Dr. Robotinik (ou EggMan) resolve acabar com a farra. Na Ilha onde Sonic vive existem as Emerald Chaos, artefatos mágicos de grande poder. Robotinik resolve roubá-las para com seu poder dominar o mundo e transformar todos os seres em máquinas. O objetivo do jogo é resgatar as Emerald Chaos e derrotar Robotinik.







Controle na mão

O jogo para Master é uma pérola em todos os sentidos. Possui bons gráfico e som, uma jogabilidade de fazer inveja a muito jogo do Mega Drive e ação do começo ao fim. O jogo talvez não impressione muito hoje, mas à época era a nata da nata do console. A movimentação de Sonic é simples. Ele possui apenas dois movimentos básicos. O pulo em que se transforma em bola, e um spin ao se abaixar enquanto corre - esse segundo movimento é muito útil para inimigos com espinhos nas costas.

Sonic não possui life ou mostrador de energia. Ou seja, encostou em algum inimigo, espinho ou armadilha, já era. A única coisa que evita isso no jogo é coletar argolas, o uso da bolha e a magia. Com a magia fica-se invencível por alguns segundos podendo inclusive encostar nos adversários destruindo-os facilmente, já a bolha e as argolas são perdidas caso você cometa algum erro. Coletando 100 ou mais argolas o contador zera e uma vida é ganha. Terminando a fase com 50 ou mais se vai a um Special Stage onde um continue estará em disputa (alguns podem ser complicados de ganhar).

A aventura começa na Green Hill Zone Act 1 e a medida que se avança um mapa/caminho é apresentado entre as fases. São seis ao todo: Green Hill, Bridge, Jungle, Labyrint, Scrap Brain e Sky Base. Dessas, Sky Base é a mais curta, pois serve apenas como uma preparação como ante-fase para o embate final com o Dr. Robotinik. As fases são bem diferentes entre si, sendo que uma das que eu acho mais bonitas é Jungle com suas cachoeiras e plantas vermelhas ao fundo. Diferentemente dos outros jogos da série nesse as Esmeraldas estão escondidas pelas fases (no geral são fáceis mas em algumas os marinheiros de primeira viagem com certeza vão perder algumas vidas até achar o jeito certo de pegá-las.

Cada fase é dividida em dois Act e mais uma para confronto com Robotinik (exceto Scrap Brain em que ele foge). Nas fases existem monitores que contém: argolas (10), a bolha (serve como proteção), seta (marca tela, morrendo Sonic retorna desse ponto), a magia (invulnerabilidade temporária), sapato (velocidade extra) e uma vida (a cara do Sonic, dã). No geral as fases são bem curtas (por volta de 2 a 3 minutos) Apenas a fase Scrap Brain (Act 2) possui caminhos mais elaborados e vai ser necessário o acionamento de um botão para se chegar ao final dela, podendo assim se tornar a fase mais complicada/longa do jogo.

O jogo não chega a ser curto, mas como a dificuldade não á alta pode-se terminar bem rápido com (ou sem) todas as esmeraldas - os finais são diferentes. Sonic the Hedgehog é uma ótima pedida para o console de 8 bits e um jogo bastante divertido. Para quem (não) conhece não perca seu tempo e reviva essa clássico.

11 comentários:

  1. Coitado do Alex Kidd! Mas é verdade, ele infelizmente não implacou. Já Sonic foi um verdadeiro fenômeno! E este jogo do SMS era muito bom, foi uma luta conseguir alugar na época!

    Excelente texto, MarCel! Abraços

    ResponderExcluir
  2. @Adnina A.

    Valeu pela visita. Me amarro em Sonic, um dos meus jogos favoritos de todos os tempos.

    ResponderExcluir
  3. De facto os jogos antigos têm outro gostinho! Sejam Sega ou Nintendo, claro está. Vou adicionar o teu blog nos meus links, depois faz-me uma visitinha. :)

    ResponderExcluir
  4. Fala MarCel! Apesar de você detonar com meu mascote preferido, o Alex Kidd, o review ficou ótimo... mas pô, pega leve né? Alex Kidd in Miracle World é muito mais do que "uma cópia quase descarada de Mario” e na época pegou sim, era febre jogar ele. O que não pegou foi que não deram uma sequencia adequada a ele. Mas deixa pra lá... enfim, voltando ao Sonic, essa versão 8-bits era demais!!! Eu me amarrava nela, muito mesmo!!!! Seu post está excelente (quando fala do Sonic e não do Alex =p) hehe, abração!!!

    ResponderExcluir
  5. @Leo S.

    Tranquilo Leo, qualquer crítica é bem-vinda. Acontece que: eu acho que o Alex foi mal pensado, continuado etc. Carisma ele tinha, só que a SEGA é mestre (a mãe de todos nesse sentido) em detonar com seus personagens. Que o diga o próprio Sonic mesmo, infelizmente agora é passado. Alex vai sempre ser lembrado pelo excelentíssimo Miracle World e pelo esquecimento (estúpido) da SEGA.

    Um abração

    ResponderExcluir
  6. Meu jogo favorito do Master! Acho até mais divertido do que a versão do Mega Drive.

    ResponderExcluir
  7. @João

    Esse também é um dos meus jogos favoritos. Esse foi o game que mais passei horas em frente a tv (talvez perdendo apenas para Phantasy Star).

    Um abraço e obrigado pela visita

    ResponderExcluir
  8. Já joguei no Master System da minha prima,mas,era muito mais diferente do que a versão do Mega Drive (nos chefes).
    Mas salvei a versão do Game Gear no Sonic Mega C. Plus do ps2.

    ResponderExcluir
  9. @Thiago

    Confesso que não conheço a versão do Game Gear, o Master System me consome boa parte do meu tempo hehe. Mas eu gosto tanto da versão Mega como Master desse primeiro jogo. Do segungo em diante a Sega começou a pisar na bola com o Sonic no seu 8-bits (na minha opinião) mas o segundo jogo ainda é muito bacana.

    ResponderExcluir
  10. Sinceramente eu curto muito mais o primeiro que o segundo, sei lá, ficou meio agua com açucar, mas todos os games do Sonic são bacanas, embora não mude muito o pretexto, no caso do Alex ter sido o mascote oficial creio que teriam mais opções de escolha das estórias, pois se trata de um "humano", digamos assim...
    Abraço!

    ResponderExcluir
  11. @Marcos

    Eu sou da mesma opinião. Acredito que o segundo jogo do Sonic ficou meio sem sal. Não que o torne ruim, mas longe de ter sido tão bacana e envolvente como o primeiro foi.

    Alex Kidd foi na minha opinião muito injustiçado. Acredito que mais investimento e tempo seriam as chaves para um sucesso duradouro. A prova viva é o Mário da Nintendo que atravessa gerações de consoles com uma fórmula que se renova sem dar caras de se esgotar.

    Um abraço e obrigado pela visita!

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.