20 julho 2011

#12 Psychic World


Sem a comunidade retrogamer e a magia dos emuladores, bons jogos como Psychic World (Hertz, 1988) cairiam no esquecimento – jogo do gênero plataforma, mas que possui diversos elementos distintos e interessantes o transformando em um jogo bem diferente dos demais. A começar pelo enredo. Psychic World conta a história de duas irmãs (gêmeas apesar da cor de cabelo diferente) que trabalham num laboratório de pesquisas científicas. Um dia uma seção do laboratório explode e Cecile (a irmã loira) é levada por um dos monstros-cobaia do Dr. Knavik que escaparam. Sua irmã Lucia decide resgatá-la com o auxílio de um capacete especial que amplia seus poderes psíquicos dado pelo cientista.

Lugarzinho difícil...

O jogo possui a boa e velha dinâmica dos jogos 2D com perspectiva lateral. Pular, atirar em monstros e pegar itens com outros níveis alcançáveis através de pulo ou escadas. Até aqui, não seria um jogo diferente ou melhor que outros exceto pelos poderes que são coletados e a forma de utilizá-los – o ponto forte do game. Existem quatro poderes e mais cinco tipos de tiro diferente que nossa heroína irá utilizar. Cada um tem uma particularidade e saber a certa hora de usá-los pode evitar um game over precoce. A maneira de acessar o inventário pode ser um pouco confusa/estranha no começo: apertar BAIXO + PULO a qualquer momento do jogo, segurando PULO até o poder/tiro selecionado. Inventário, Energia (HP), Energia Psíquica (ESP) e a pontuação são visíveis numa barra de Status (ou HUD) no canto inferior da tela. 





Invulnerabilidade temporária, Explodir todos os inimigos da tela, Tele transporte (ao começo da fase) e Levitação são os poderes adquiridos por Lucia no decorrer do game. Tanto os tiros como os poderes podem ser encontrados espalhados pelas fases, após derrotar mini-chefes ou mesmo os Chefes das fases. Caso o jogador não colete a arma/poder no primeiro instante, o jogo dá uma mãozinha e a(o) mesma(o) reaparecerá em outro ponto mais a frente da fase. Sem algumas habilidades é impossível avançar no game. Um bom exemplo é o Tele transporte que pode tirar o jogador de lugares perigosos ou sem saída, dando a opção de começar a fase a assim evitar determinada área.

Os tiros disponíveis no jogo são: Psionic, Raio de Gelo, Fogo, Laser e Onda. Psionic é o tiro simples e comum do início do game. Pegando grandes “Bs” (de Booster) espalhados pelas fases o poder de tiro aumenta, o mesmo vale para os demais; Os Raios de Gelo e Fogo são antagônicos na forma de usar. Enquanto que com um se criam blocos de gelo para acessar certas áreas, com o outro se destrói esses mesmos blocos (Fase 3 Ice Field, principalmente); Com o Raio Onda alguns tipos de blocos são destruídos.

Não existem vidas, apenas uma barra de energia. Caso Lucia morra existe a opção de continuar indefinidamente com tudo que foi adquirido e pontuação zerada do começo da fase. As fases do jogo são bem variadas com inimigos próprios e música também. Boa jogabilidade, apenas uma ressalva para o pulo (ruim em certos momentos) e a corrida de Lucia. Segurando o direcional alguns segundos, Lucia imprime uma corrida (ou pique) que pode atrapalhar. Já nas áreas em que plataformas se desmancham ou mesmo caem, ultrapassar sem o pique seria difícil. Um ponto chato do jogo é criar/destruir blocos de gelo e que consome um tempo considerável. Gráficos e sons bons, além de história com direito a diversas cut scenes na apresentação do jogo. Esse Plataforma, com dificuldade razoável, é obrigatório para todo e qualquer fã de jogos do gênero. E uma ótima opção do console que eu recomendo!

7 comentários:

  1. Sabe que, Pyschic World, foi um dos poucos cartuchos que aluguei do Master o qual tinha fotinhas no manual do console. Era aquela imagem do monstro dragão de três cabeças...

    Quando finalmente achei o jogo, joguei como se não houvesse amanhã...

    Jogo bom, variado, criativo e inteligente, merecia um remake à altura!

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  2. eu adorava esse jogo, na epoca que joguei tinha um clima todo diferente, uma musica que marcava, e uns anos depois quando fui jogar mais velho nao me interessei tanto assim! vou ver se pego pra jogar com o manual do lado, na epoca eu fazia isso e me animava bem mais!

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  3. @Cosmão

    Assino embaixo! Pyschic é tudo isso e muito mais. Uma pérola mesmo

    @Alex Kidd

    Olha eu confesso que as primeiras vezes que joguei não me empolguei também! Mas aos poucos, após entender o lance dos poderes e com o avançar das fases enquanto eu não zerasse não sossegava. Aconselho a você jogar mais uma vez!

    E agradeço a visita de ambos!

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  4. Fala MarCel! To batendo cartão aqui novamente, claro, rs. Seus post são muito bons e dá gosto de ler!
    Esse jogo é muito divertido eu jogava muito, já fiz um review dele tb no QG há um tempo atrás, qdo puder dá um pulo lá: http://bit.ly/oymIuv
    Abração.

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  5. @Leo S.

    Já li, hehe! na verdade muito jogo que to falando é pq já li em algum site retrogamer! Nada se cria, tudo se copia... hehe

    Valeu pela visita e muito obrigado!

    PS: gostava mais do avatar antigo ¬¬

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  6. A capa desse jogo sempre me fascinou quando era criança. Mas ninguém que eu conhecia tinha esse jogo, só o vim a jogar por volta de 2000, altura em que comecei a usar emuladores. Na altura pareceu-me ser um jogo difícil e confuso, tenho de lhe dar outra chance.

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  7. @GreenHills

    Confuso eu não diria, mas difícil em alguns momentos sim. Jogue e se divirta, esse é uma pérola. Me amarrei desde a primeira vez, só não curto muito o HUD que ocupa quase MEIA TELA. Afora esse detalhe, vale muito a pena passar algumas horas jogando PW! Um abraço!

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