Comandar um mercenário munido de um arsenal de guerra na, não tão impossível, missão de resgatar o anterior presidente dos Estados Unidos que está nas mãos de terroristas. Essa é a proposta de Mercs (Capcom, 1990) um Shooter simples com um ou outro elemento a ser destacado.
O jogo não prima pela excelência. Em nenhum quesito. Pra resumir: Gráficos medianos, efeitos sonoros abafados, não existe música durante as fases e um nível de dificuldade baixo. Eu diria que ele foi mal concebido ou terminado. Estranho... – e mesmo sabendo se tratar de uma versão adaptada do Mega Drive, confesso que esperei mais da Capcom. Em Mercs não se leva muita desvantagem em relação às tropas inimigas (a jogabilidade é boa, diga-se de passagem). Os movimentos do personagem são rápidos e desvirar do fogo adversário não será tarefa difícil. As fases são sempre ambientadas em bases ou locais com tropas inimigas. Os adversários repetem muito já os ambientes em que se desenrola a ação muda drasticamente de uma fase para outra. Uma das poucas qualidades do game.
Jogo de avanço vertical! Sempre subindo em cada fase, novos inimigos serão encontrados – desde combatentes rasos a máquinas de guerra como tanques e baterias de ataque/defesa. No meio do caminho diversos itens serão encontrados como tiros mais elaborados, intensificação dos mesmos e para restauração de energia. Os melhores tiros são o triplo (esferas verdes) e o lança-chamas (que possui auto-fire), já os demais dão conta do recado, mas aqui e ali os anteriores serão bem mais úteis. A energia do personagem é uma minúscula barra verde no canto inferior esquerdo da tela. Em alguns momentos, um item com o nome UP (e não 1UP) fará a barra se prolongar mais alguns milímetros. Perder energia é fácil, recuperar ou conseguir mais, não. Pra zerar esse jogo tem que ser no braço! Só existe uma vida (bem que poderia ser 1UP...) e pouca energia disponível.
Em Mercs, além do tiro, contamos com uma bomba – uma grande letra M. Começa-se cada fase com três, mas facilmente são encontradas em todas as fases. Úteis ao máximo em Chefes (um em cada fase). Com três ou quatro se dá cabo das grandes máquinas de guerra que lhe aguardam no fim das fases. O que pega mesmo no jogo é o tempo. As últimas fases são maiores, um pouco, em relação às demais. Demorar demais, becos sem saída e a procura de itens podem significar segundos preciosos e uma frustração sem tamanho com uma tela de game over. Acertando alguns inimigos à bordo de veículos é possível utilizá-los. São dois no jogo: o jipe e o barco. Cada um possui três barras de energia e um tiro próprio. O ideal é avançar o máximo que puder com eles para economizar energia.
Jogo fácil e pouco elaborado. Na verdade muito curto caso se conheça as fases e como passar sem perder muita energia. Simples, de pouca profundidade que pode entreter o jogador por uma ou meia-hora. Um abraço e bom jogo!
A Capcom não tem culpa nenhuma deste port :P
ResponderExcluirNão sei se sabes, mas devido à política monopolista que a Nintendo impunha às suas third parties, nos anos 80 eram pouquíssimas as thirds que lançaram jogos na Master System. Para a Sega ter jogos como Ghouls n Ghosts ou Forgotten Worlds da Capcom nas suas consolas tiveram de ser eles mesmos a converter os jogos para estas consolas. Não sei se 1990/1991 ainda havia esta política restritiva da Nintendo, mas este jogo ainda foi convertido pela Tiertex (um estúdio inglês) a cargo da Sega.
@Green
ResponderExcluirConheço dos anseios monopolistas da Nintendo das décadas de 80 e 90. Mas o que me espanta é o jogo ter sido mal acabado. Já que a Capcom iria relegar o trabalho a terceiros, uma revisada no final do produto era no mínimo de se esperar. Enfim, o passado não se muda. Resta a nós, pobres jogadores curtir ao máximo o jogo sem tantas exigências