#21 Fantasy Zone

Shooter com diversos elementos na tela, razoável nível de dificuldade e quase inexistência de slowdowns. Fantasy Zone (Sega, 1986) estrelado pela charmosa nave Opa-Opa é tudo isso e vai além. Graficamente estamos falando de uma pintura e uma ambientação de tirar o chapéu. O jogo usa e abusa das cores. Não existe um único inimigo, monstro ou plano de fundo que se repita. A Sega extrapolou nessa parte. Um jogo que talvez, isso para ser bem moderado, gere alguma resistência para gamers mais hard core que sintam aversão aos gráficos multicoloridos. Mas basta jogar uma única vez para constatar que um jogo nunca deve ser julgado pela capa – esse talvez mais do que qualquer um.

Adotando uma mecânica diferente, Fantasy Zone – uma bela adaptação dos arcades para o console – permite uma livre movimentação nas fases o que pode fazer até mesmo os mais experientes se sentirem meio perdidos. Tanto se pode ir para direita ou esquerda, o objetivo é destruir os criadouros de monstros existentes e abrir caminho até o Chefe (um em cada fase com exceção do final). No geral, todas as fases são curtas, mas de razoável desafio. Não existe auto-fire e a cadência de tiros em determinados momentos pode ser frenética ao melhor do gênero. É isso ou se complicar com telas recheadas de monstros e naves inimigas.

Nesse meio tempo, juntando moedas após derrotar cada adversário, espere pelo SHOP aparecer. É hora de ir às compras. Faça a farra com armas e os muitos power-ups (basicamente: novos tiros, bombas e melhor propulsão). Detalhe interessante é que as vidas também são compradas! (Yes!) Mas chegando a preços exorbitantes após algumas idas a loja. Economize grana para armas e melhorias na nave. Aliás, aqui fica uma ressalva: a temática do jogo pode ser infantil, o desafio nem tanto. Algum treino e conhecimento de inimigos e estágios vai ser a receita para os que quiserem desvendar todos os níveis.

Um jogo curto, apesar dos seus 8 níveis, que merece todos os sufixos. Ótima resposta aos comandos. Gráficos e músicas perfeitos para a proposta do game. É impossível apontar um único defeito, tudo nesse jogo é nota 10 – exceto, talvez, o barulho dos tiros que podem irritar um pouco. Jogue, se surpreenda e arrebente com os monstros nesse desafio na medida certa que merece a atenção e respeito de todo retrogamer aficionado por jogos do console. Um representante do melhor do gênero que o Master System já conheceu.

Para um ou dois jogadores. S-U-P-E-R--R-E-C-O-M-E-N-D-A-D-O!