07 janeiro 2012

#32 Mônica no Castelo do Dragão [Especial] [1]

Monica Parte 1
Pra começar o ano nada como um bom especial em 4 partes para esquentar os motores. Em janeiro a Turma da Mônica desembarca no blog com seu primeiro jogo para o console nessa série de matérias. Boa aventura a todos.

 
Mônica no Castelo do Dragão – parte 1


Capitão Feio, o Mestre dos Bueiros, um dos mais terríveis vilões que as histórias em quadrinhos já conheceram. O seu sonho é conquistar o mundo para deixá-lo sujo e poluído. Para conseguir esse objetivo, reuniu um poderoso exército de monstros.O seu braço direito é o malvado Dragão Cospe Fogo. De surpresa, os monstros atacaram e dominaram todo mundo. Somente uma única pessoa poderá derrotar o Capitão Feio e os seus aliados: nossa amiguinha Mônica. Para vencer os malvados, Mônica contará com o seu coelhinho Sansão, e amigos que lhe darão repouso, venderão armas, e passarão preciosas informações. Se fracassar, Mônica se transformará num monstro de sujeira. Ela vai precisar demais da sua habilidade, garra e coragem, para libertar o mundo dos monstros, e fazer com que o Capitão Feio volte para os bueiros.

Eis uma capa que transmite exatamente o que o jogador deve aguardar: monstros. Muitos monstros. Mônica no Castelo do Dragão (Tec Toy, 1991) é o hack oficial de Wonder Boy in Monster Land que trouxe direto dos quadrinhos de Maurício de Sousa uma dasMonicaNoCasteloDoDragao capa2 personagens mais conhecidas do país. Ponto para a dobradinha Tec Toy/Estúdios Maurício pela bela ideia – que foi uma senhora jogada de marketing isso ninguém pode negar.
 
Trazer o jogo com essas adaptações teve seu preço. Com toda certeza tornou o Garoto Maravilha praticamente um estranho em terras tupiniquins (aliás, sem a comunidade retrogamer ele desapareceria facilmente). Outro ponto foi a história do jogo em português ficar meio forçada ao tentar explicar que o (dificílimo último chefe) Dragão Cospe Fogo era aliado do Capitão Feio – coisa que para as crianças da época passou batido, claro...
 
Os gráficos (e a ambientação medieval) do jogo dão início a uma linha que vai marcar todos os jogos da série Wonder Boy deste ponto em diante. Os sons e música são muito simples, sendo que esta alterna para um clima mais tenso nos combates com os chefes, mas sem arriscar dizer que nessa parte seja marcante – e ainda conta com o bônus do barulho chato quando os corações estão escassos a lá Zelda. A arte dos monstros e elementos na tela é bem variada, um dos pontos positivos do game na parte técnica.

 
Jogando

Castelo do Dragão possui alguns do melhores elementos do estilo plataforma. Ou sejam o jogo é cheio de “segredinhos” e alguns bem lucrativos. Sacos de dinheiro e moedas podem estar escondidos em vários cantos. A demonstração do jogo mesmo revela um saco ao lado da segunda porta. Além disso, algumas portas secretas com vendedores de equipamentos, ambulatórios e lojas de sucos podem ser encontradas. O fator exploração é relativamente alto para os padrões da época. A equipe de Wonder Boy, e seu mentor Ryuchi Nishizawa, era muito criativa. Algumas fases da Terra dos Monstros possuem atalhos para chegar ao final sem grandes percalços, o que não chega a ser via de regra.
 
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NinjaA movimentação de Mônica ao primeiro contato é bastante travada. Isso se deve ao fato que apenas com a compra dos equipamentos suas respostas vão melhorar razoavelmente – mas não torná-la um Ryu Hayabusa (Ninja Gaiden). Persistência é essencial para se acostumar com o gameplay
 
Existe um HUD no canto superior que exibe a quantidade de corações (energia vital), pontuação, saldo de ouro, a espada equipada e o (famigerado) marcador de tempo. O marcador em forma de ampulheta TORRA a paciência em lugares mais complicados, pois ao se esgotar, corações são perdidos – o que torna a exploração em certas fases difícil e atrapalha caso não se saiba passar pela fase em questão sem maiores entraves. Aqui e ali algumas ampulhetas coletáveis vão dar sopa – é bom não bobear.
 
Os monstros não chegam a ser os maiores desafios,  já a quantidade e disposição nas fases pode atrapalhar. Como energia (os corações) é artigo de luxo, perdê-la e, consequentemente, gastar dinheiro em ambulatórios pode não ser a melhor das opções. Regra geral: todo cuidado é pouco. Existem armadilhas/emboscadas e ficar sem energia e principalmente dinheiro é bem fácil nas 12, e difíceis, fases do jogo.
 
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Mônica versus Duque Armadura

Fim da primeira parte

6 comentários:

  1. Bela matéria Marcel, muito completa mesmo.

    Acredito que a principal dificuldade desse jogo seja vc saber usar direito seu dinheiro. Existem lojas em todo canto, mas saber comprar as coisas certas e poupar em algumas situações fazem toda diferença da metade pro final do game.

    Áreas secretas cheias de ouro ou com lojas secretas também fazem uma diferença enorme, parece que os produtores colocaram a grana contada no game. Se chegar no dragão final sem uma armadura boa (de preferência, o set de diamante), pode esperar a derrota.

    Por outro lado, isso instiga mais ainda a exploração dos cenários e ao combate com inimigos em busca de ouro e de itens.

    Outro lance legal são os items únicos encontrados, como a carta que deve ser entregue ao rei sapo (acho que é sapo), ou a flauta que deve ser tocada lá em uma montanha na ilha dos ratos. Fatores diferentes que fazem desse jogo algo único.

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  2. @Leandro

    A dificuldade nas primeiras vezes que se joga compensa com o conhecimento paulatino que se tem do jogo. Gosto muito desse jogo. Não perca a chance de jogar

    @Cosmão

    Cara nem sei dizer o momento que acho mais bem bolado nesse jogo. A Westone é fera! Todos os jogos da série Wonder Boy são dignos de elogio. Assino embaixo tudo que vc falou sobre o dinheiro. É interessante tomar nota de tudo que é importante e comprar apenas o necessário para terminar esse jogo, ou chegar no dragão com algum fôlego.

    Um abraço!

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  3. Muuito boa matéria Marcel!
    Eu adoro esse jogo, considero um dos melhores do Master System e ainda assim sua continuação Mônica o resgate (Wonder Boy 3) consegue ser superior e não to falando só graficamente (que é muito melhor).
    Uma coisa que realmente irrita nesse é o tempo, como você falou, atrapalha em fases que vc quer explorar mais. A ultima fase sem o sino tb é quase impossível, mas isso você vai dizer na continuação, então aguardarei para falar disso, rs.
    Abração.

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  4. @Leo S.

    Cara eu adoro esse jogo, joguei muito (tanto ele como a continuação eram cartuchos que eu possuía). Infelizmente o nível final ainda é uma barreira intransponível em minha vida. Sempre quis ler algo do tipo sobre Mônica no Castelo do Dragão, como não achei resolvi eu mesmo escrever ^^.

    Um abraço

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  5. Como faço pra passar o labirinto do castelo? Nunca consigo :-(

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