20 abril 2012

#43 Thunder Blade


Gunship Gladiator, a mais moderna e avançada aeronave de combate do mundo, a última arma para impedir que forças rebeldes assumam os controles do seu país. Em Thunder Blade (Sega, 1988), nos comandos de um helicóptero equipado com mísseis ar-solo e uma metralhadora de 30mm, combates em diversas linhas e defesas inimigas espera o mais corajoso dos pilotos em 4 (quatro) difíceis níveis.

Antes de falar sobre o jogo, um detalhe interessante: o desenho da aeronave foi totalmente inspirado no Blue Thunder (Trovão Azul), o filme (e depois seriado) de 1983. Apesar de nenhuma linha ou mesmo uma única palavra do manual mencionar a película.

Seria apenas coincidência? ^^


Mission Profile
Típico shooter e boa adaptação dos arcades, Thunder Blade trás diferentes desafios para o jogador que acredita já ter experimentado tudo que o estilo pode oferecer. Em certos termos, e a primeira vista, o game não aparenta ser revolucionário e sim apenas um pouco mais dos já batidos (e já tão comuns) jogos de aeronaves. Ou seja, visão aérea, avanço vertical com inimigos chovendo balas e poucas chances de recuperação. Jogá-lo pode ser uma agradável surpresa quando o jogador encarar a segunda metade de qualquer uma das fases com sua visão frontal a lá Space Harrier e um maior número de inimigos – praticamente um jogo dentro de outro jogo.






A dificuldade também chama um pouco da atenção. A saber, só existe um único nível de desafio e em determinados instantes a disposição das aeronaves inimigas mais o apoio (do mal) em solo, tornam a tarefa muito árdua no desenrolar. Isso nos momentos com avançar vertical, pois a segunda parte ao imprimir certa cadência, alternando momentos com muitos inimigos com áreas de falsa calmaria, pode ser tornar mais difícil do que se espera.

Os adversários, poucos em variedade, se dispõem em fartura na tela do jogador. Já na segunda fase são escassos os momentos para respirar ou mesmo tirar o dedo do botão de tiro. Helicópteros inimigos em atitude kamikase, tanques de guerra e alguns caças serão os alvos que não dispensam atirar como sinal de boas-vindas ao avistar sua aeronave azulada.



Apesar de apenas 4 (quatro), o avançar das fases promete muitas surpresas e suor. Cada uma delas reserva mais inimigos ao jogador que não deve dispensar reflexos rápidos para conseguir superá-las. Outro destaque são os chefes.

Os chefes são enormes! Os maiores comparados com os jogos desse mês. O primeiro chefe, a exemplo dos demais, o SRS-78AI Blackbird sequer cabe inteiro na tela sendo necessário derrotar suas várias partes para avançar a segunda fase.


Os gráficos são bons e o destaque vai para a ambientação das fases que é bastante variada. A movimentação da aeronave é bastante suave com os controles respondendo bem. Não há engasgos na jogabilidade ou mesmo quebra de sprites incômodas. Enfim, o grafismo foi bem trabalhado, exceto pela segunda metade dos estágios (os embates frontais) que além de pouco detalhados, comparados com o restante das fases, também não transmitem muita sensação de movimento – sendo esse último a falta de refino na programação do jogo.

A parte sonora decepciona. A música presente em raros momentos se repete do começo ao fim alternando com abafadas batidas na tentativa vã de repetir o que seriam um tambor, eu acho... Some-se isso aos poucos efeitos sonoros do jogo e... Bom, não espere muito do som quando jogar!


Finalizando, Thunder Blade é exigente para o jogador que queira topar um desafio com “D” maiúsculo, ainda que os chefes de fase em sua maioria sejam bem fáceis. Poucas vidas, nenhum continue e a velha mecânica do encostou-morreu são os ingredientes finais dessa (boa) adaptação dos arcades. Muito recomendado!




Até a próxima missão!

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