30 abril 2012

#44 G-LOC: Air Battle



Intro
Conheci G-Loc através de um amigo. Eu era louco por After Burner (ainda que hoje não me recorde muito bem o porquê). Até que um dia ele me apresentou esse game. Estávamos na locadora quando ele disse (a fita nem tinha mais a capa original, era só um nome rabiscado com pincel preto num papel branco) “Esse é o melhor jogo de avião que eu já joguei no Master”. Foi o suficiente pra alugar e ir correndo para casa (criança já viu né?).

Após morrer umas cinco vezes (no mínimo) e aquele sentimento de aff... Fiquei meio frustrado. Uma boa noite de sono e acordar com paciência no outro dia foi o suficiente para descobrir que aquelas enigmáticas palavras ditas na locadora não tinham sido invenção da minha cabeça. Realmente o jogo é bom, mas não é pra qualquer um...

Em G-Loc Air Battle (Sega, 1990/91) controlamos a excelente máquina de guerra A8M5 MK-2 – o caça equipado com tudo que existe de mais moderno em matéria de destruição. Os 3 níveis de dificuldade (trainee, rookie e ace) entregam uma produção que explorou bem: a capacidade do console; desafio na medida certa; e, uma variedade de objetivos e maneiras de terminá-los que o tornam um desafio muito interessante.

No cockpit da aeronave (um autêntico Simulador) alguns instrumentos estão à disposição. Radar, HUD, horizonte artificial, status da missão, quantidade de mísseis e demonstrador de danos da aeronave. No começo e nas primeiras missões, não será fácil se acostumar com a movimentação da aeronave que é bastante limitada. Vale lembrar que a primeira opção do jogo é o controle da aeronave (normal ou reverse), ficando a cargo do jogador a maneira que mais lhe agrade.


Prepare for Combat
E vamos ao jogo! Ao começar o jogador escolhe um dos três níveis de dificuldade. O modo trainee é a forma mais fácil de chegar ao final e já serve como aperitivo para os desafios maiores. Logo em seguida temos acesso ao plano de voo com todos os detalhes necessários para iniciar alguma das missões a nossa disposição. As ditas missões são na ordem que o jogador desejar, até podendo evitar as que ache mais difíceis ou não tenha certa familiaridade. Toda essa versatilidade deve-se ao fato de cada uma delas ter quantidade pré-determinada de pontos. Como o objetivo do jogo é subir no rank (começa-se como Capitão-tenente) para cada novo posto almejado, uma quantidade de pontos é necessária.


A título de informação; as primeiras missões variam entre 12 e 10 pontos, para chegar ao primeiro posto, Capitão, são necessários 120!! Isso no modo trainee, no modo rookie (que seria o medium ou normal) são 180. Para dar uma mãozinha, aqui e ali algumas missões bonificam o jogador com pontuações maiores - acima dos 20 pontos.

Ambientadas no mar, no deserto ou em aéreas verdes, as missões podem ser desde abater outras aeronaves ou tanques até enfrentar maquinas voadoras gigantes, a exemplo do que seriam os chefes de fase em outro jogo. Além disso, em determinados instantes a perspectiva do jogador sai de dentro para fora da aeronave com uma visão da mesma num modo dogfight em que toda habilidade será posta a prova para desviar das rajadas de tiros e os mísseis disparados pelos inimigos.


Após completar cada uma, além dos pontos de rank, outros são conquistados e podem ser usados num sistema de permuta para três tarefas específicas: aumentar o tempo da próxima missão, incrementar o número de mísseis e reparar os danos da aeronave. Aproveitando o gancho, existem duas formas de se fracassar numa missão; sofrendo mais danos que a aeronave possa suportar ou, estourar o tempo no cumprimento de uma. Em algumas missões, em virtude da quantidade absurda de alvos e os inevitáveis combates dogfight, estourar o tempo limite é mais comum do que aparenta. Benditos 3 continues!

Quanto a parte técnica pode-se acrescentar que esse é um trabalho bem feito, sem nada espantoso. Apenas a movimentação lateral da aeronave que torna bem complicado acertar rajadas de metralhadora nos inimigos e poucas músicas seriam os únicos “defeitos” por assim dizer. Eis G-Loc, um jogo bom, longe das versões arcade ou mega drive, que pode divertir e entreter o jogador que curte um bom desafio aéreo. Eu recomendo.




Encerrado o Abril Especial de Combates Aéreos! Até a próxima missão, bravo piloto!

2 comentários:

  1. Puxa vida, eu estava redigindo um comentário aqui e, depois de ter escrito praticamente tudo, eis que o touchpad me traiu e um clique acabou por fechar a página. Infelizmente não escreverei o mesmo que tinha pensado anteriormente, mas reitero aqui minha enfadonha exposição.

    Milagre! É com esta palavra que denoto o fato de ter encontrado alguém nesse país que carregue consigo alguma estima por esse jogo aqui citado.

    Em minha experiência, esse foi o primeiro jogo de combate aéreo que realmente gostei. Apesar de na época ter jogado conhecidos simuladores no PC e até mesmo alguns jogos da Sega, como F-16 Fighter e After Burner, nenhum desses acabou me cativando. G-LOC, devido a sua simplicidade, fez com que eu visse as batalhas aéreas com bons olhos, ao contrário de antes, e posso até dizer que levou a minha atual predileção pela série Ace Combat.

    Você destacou bem os pontos principais do jogo, MarCel', ao que lhe congratulo.

    Ao lembrar-me esse jogo, fiquei com vontade de jogá-lo novamente só para ouvir a música que tocava enquanto era exibido o "Mission Record"! Hehehe! Lá vou eu!

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    Respostas
    1. Obrigado pelos elogios! Como eu mesmo destaquei, acho o jogo muito bacana e mesmo com as limitações do Master, eu ainda o destaco como bom e desafiante. Joguei muito G-Loc nos meus tempos de criança e me diverti a beça quando joguei recentemente no emulador.

      Um abraço e obrigado pela visita!

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