07 junho 2012

#48 World Soccer


Como todo bom brasileiro, falar sobre jogos de videogames e não comentar sobre a paixão nacional é quase um pecado. Foi pensando nisso e analisando a biblioteca de jogos do console que o Na Praia4 hoje fala sobre um dos mais simples e divertidos do gênero; World Soccer (Sega, 1987) ou Super Futebol no Brasil.

Sem dúvidas a Sega na tentativa de alavancar o console e tentando tornar sua carteira de títulos bastante variada, lançou jogos de esporte em seus diversos segmentos no console, indo do hóquei no gelo ao wrestling (mais conhecido como luta-livre). Alguns até já foram contemplados aqui no blog como Golfamania e muitos outros em breve farão parte desse arquivo virtual mantendo a política do Na Praia4 de variar estilos e contar mais da história do Master System.

World Soccer é um game muito simples. Não existe um modo torneio, eliminatório ou, muito menos ainda, a disputa do mundial de futebol. As partidas são sempre no estilo single match tendo a disposição do jogador 8 (oito) times para escolha. São eles: Argentina, Alemanha Ocidental, Itália, França, Inglaterra, Brasil, Japão e Estados Unidos.

Após a escolha de cada time seja a modalidade um jogador versus o computador seja versus um amigo, a partida se inicia. Destaque para os hinos dos times que ainda com as limitações do console são bastante fiéis.

Os controles são simples: um botão para o chute em direção do gol e outro para o passe (com a posse de bola). Já sem a bola, o atleta controlado pelo jogador (sempre indicado por uma seta) desfere carrinhos na direção do adversário na tentativa de reaver a bola. Como faltas não existem, o fato dos jogadores utilizaram o recurso dentro da área não preocupa.

Pisando na bola


Algumas pequenas falhas podem estragar a diversão para quem espera uma partida mais animada. Pra começar, a tela possui divisões. Explicando melhor, o jogador ao adentrar outro “quadro” ou zona do campo, uma rápida pausa é feita e a área então fica visível por meio de um deslocamento. O estranho efeito é semelhante ao avançar de telas de alguns jogos de plataforma como Alex Kidd in Miracle World, apenas para citar. Em Miracle, entretanto, o efeito até ajuda a respirar, já aqui...

Mais um problema: o goleiro ficar sob controle do jogador quando a bola se aproxima da área, ou seja, expectativa de problemas. Não é raro tomar um gol de equipes mais fortes como Inglaterra e Argentina por causa das disputas próximas a meta. Outros pontos estranhos são o fato do goleiro nunca bater o tiro de meta e às vezes o score ficar a favor do adversário quando nitidamente a bola foi chutada para fora?!

As partidas são ambientadas como a final do mundial. Repare no detalhe da taça – e no fair play do time perdedor

As disputas de Pênaltis

Agora é hora de falar sobre o melhor que o jogo tem a oferecer, a (empolgante) disputa de pênaltis. Para o jogador que achou moleza vencer algumas partidas, a disputa de pênaltis equilibra as forças e torna o jogo mais emocionante a cada cobrança. Por meio da mesma tela de menu pode-se selecionar o disputa de penalidades de modo semelhante as partidas simples. Mudando a perspectiva – agora com visão frontal das traves – um dos jogadores (ou o computador) controla o batedor e o outro o goleiro à sua frente.


Defender não é o melhor dos mundos (e já foi algum dia?): escolher o canto, ter alguma frieza e sorte (de preferência muita) é receita de sucesso. Vale a pena convidar um amigo para esse modo de jogo.

Gráficos medianos, uma música muito simples e uma jogabilidade pesada (os jogadores parecem andar em campo) é o que se pode falar da parte técnica. É válido comentar também que talvez por ser uma das primeiras experiências da SEGA no futebol (para videogames) a produção seja tão simplória, mas nem por isso um fiasco total.

Uma boa pedida para um momento de descontração! Eu recomendo!


6 comentários:

  1. Existem dois fatores principais que fazem desse jogo um clássico, na minha humilde opinião: a viciante cobrança de penalti e a música durante a partida.

    Sério, algum manjador de guitarra deveria pegar os maiores clássicos do Master System e fazer um CD em homenagem à essas grandes canções!

    Outro que tem uma música linda durante a partida é o Great Volley.

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    1. A música? Não sei...., não vou mentir que não agradei muito. Mas também não é chata. Já as cobranças de penalidades eu assino embaixo. Pra mim esse jogo fica muito melhor quando existe um segundo jogador. Sozinho ele é meio sem graça... Great Volley!! Hum... Boa lembrança, vou jogar qq dia desses.

      Um abraço!

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  2. vou procurar esse game nessa semana, bons tempos que os futebol em games eram fáceis de jogar e apaixonantes...já hoje em dia, se precisa de 2 faculdades, um mestrado e um doutorado para fazer um simples gol. continue assim

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    1. Eu sinto a mesma coisa quando jogo um futebol moderno. É tanto comando que as vezes vc precisa treinar um bocado pra saber o que fazer em campo. Apesar de futebol não ser meu gênero de game favorito (aliás, longe disse), esse game é tudo de bom e me trás um sentimento de nostalgia sem igual.

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  3. Nossa, eu me diverti pacas com esse jogo na infância. Hj eu tento jogar e desisto em minutos. hahaha!
    Não dá esse negócio do goleiro controlado e principalmente as divisões das telas.
    Mas a primeira vez que vi o lance dos pênaltis eu fiquei pasmo, aquilo era muito realista na época! E eu adorava os hinos.
    Bons tempos. Excelente post, me trouxe uma nostalgia enorme.
    Abraço

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    1. Obrigado pelo elogio gamer. Eu curto muito World Soccer (foi um dos primeiros jogos de esporte que joguei no console) mas confesso que gosto mais das cobranças de pênaltis do que das partidas.

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