#23 Quartet (Double Target)

A Colônia Espacial Número Nove está sob um terrível ataque alienígena e somente a dupla Mary e Edger tem o poder para detê-los. Esse é o enredo de Quartet (Sega, 1987) talvez o único jogo, senão raro multiplayer plataforma do console – interessante não? Importado dos arcades onde até quatro jogadores ao mesmo tempo poderiam jogar (daí o nome quarteto em inglês) esse é uma relíquia. O único jogo com a letra “Q” (hehe) a estrear no console possui algumas inovações no gênero plataforma tornando-o num game saboroso e diferente.

A versão portada para o Master, além das limitações gráficas normais, deixou apenas dois personagens disponíveis. Mary (no modo um player) e Edger (que era Edgar – somente no modo para dois jogadores). Essa é uma das razões para o jogo no Japão se chamar Double Target (a foto no Preview propositalmente foi da abertura do jogo na versão nipônica).

A dificílima fase 5

Em Quartet no modo um player começa-se sempre com a garota. Ambos não possuem diferenças ou habilidades próprias, mas o modo multiplayer é bem-vindo em alguns lugares. O personagem possui uma simples pistola e seu pulo – além de andar agachado para passar por baixo de blocos e plataformas. Eliminando os monstros ganham-se pontos em bônus que serão computados no final de cada fase.

Um detalhe interessante é a vida, ou a forma da sua marcação. São três vidas iniciais, e existe uma espécie de contador que decresce com o avançar do tempo (começa em 9990 na primeira fase). Toda vez que o jogador for atingido esse contador é decrementado. Zerado, ou próximo disso, ao menor esbarrão perde-se uma vida – sem dúvida uma mecânica diferente. Seria um pseudo-relógio de tempo, entretanto existem itens para aumentar essa numeração (o mesmo acontece com o avançar de algumas fases) dando uma sobrevida maior a personagem.

Pra complementar a jogabilidade nas fases, um foguete pode ser pego. Uma ajuda e tanto para sobrevoar lugares mais altos e derrotar alguns inimigos – dá pra dizer que o jogo se transforma num Shooter nesses instantes. Esbarrando em algo ou sendo acertado perde-se o foguete, mas ainda com possibilidade de recuperação. O mesmo vale para a chave quando cai – que  serve para abrir a porta de saída e acesso a outra fase. As citadas portas (com um grande EXIT escrito acima) em alguns momentos serão mais fáceis de localizar que as próprias chaves que são sempre guardadas por monstros - e que poderiam ser chamados de chefes. Alguma exploração (de grau razoável) será necessária para os níveis finais que possuem muitas plataformas e aliens aos montes.

As fases são bem curtas, bastando algumas idas e vindas após localizar a chave (o monstro) para se dirigir a porta. O lance chato do jogo é o tal maldito contador regressivo. Cada inimigo tira uma numeração farta e ficar “zerado” no meio de algum round não é certeza de boas lembranças. Jogo simples, mas recheado de aliens e inimigos pestinhas que reaparecem o tempo todo. Bons gráficos, músicas simples e efeitos sonoros sem nenhum brilhantismo, mas nem por isso uma obra mal-acabada. Boa dose de dificuldade, principalmente na última fase. Eu recomendo.