18 dezembro 2011

#29 Teddy Boy

Teddy Boy (Sega, 1985), ou Geraldinho como foi lançado anos depois no Brasil, um representante do estilo plataforma da primeira leva de jogos lançados para o console. O que isso pode nos dizer? Basicamente, significa que o jogo não conta com uma história, gráficos elaborados ou mesmo que esteja presente na memória dos jogadores mais antigos. Teddy Boy é bem simples, mas reúne algumas (boas) características que o tornam digno de uma partida. Algumas delas com relação a parte gráfica. Com toda certeza, e ainda que seja difícil confirmar isso hoje em dia, pode-se dizer que Teddy Boy foi uma espécie de laboratório para a Sega do que um dia viria a ser Alex Kidd. Estranho? Curioso? Nos primeiros minutos de jogo contata-se isso ao perceber como a grafia do personagem ligeiramente lembra Alex ou mesmo o anjinho que surge ao morrer.

Outra técnica são os fundos de uma cor só que em Alex Kidd in Miracle World foram magnificamente mascarados com outros elementos como plataformas, blocos e monstros. Em Teddy Boy como não existem paredes, e isso vai ser explicado mais à frente, não houve como disfarçar a simplicidade de uma produção que nem de longe usaria bem a capacidade do console. Além das semelhanças gráficas temos um jogo diferente, divertido ao seu jeito e bastante enxuto.
Teddy Boy e suas fases com estilo minimalista
No jogo controlamos Teddy, esse simpático garoto preso a um pesadelo – daí a estranha explicação das fases. Não existem paredes, teto ou piso. Quando o personagem vai para a direita se retorna ao mesmo lugar vindo da esquerda. O mesmo vale caso se caia/suba no cenário. Pode confundir um pouco, mas com alguns minutos a estranheza dá lugar a estratégia para vencer os rounds. Para passar por cada um se deve acabar – dentro do tempo limite – com todas as cabeças de jacaré, sapos, lagartas, bonecos e tantos outros monstros que saem de suas tocas. Fica a dica, cada dado gigante (as tocas) possui numeração indo de um a seis. O número indica a quantidade de monstros que surgirão de cada um – esse o porquê da numeração decrescer.

Acertando o monstro (a arma do jogo dispara um raio/dardo) uma versão menor do mesmo fica pulando na tela até que seja coletada por Teddy. Caso contrário as criaturas se transformam em um tipo de besouro e, literalmente, comem o tempo de completar a fase. O jogo possui certo grau de dificuldade (baixo), mas passar por algumas fases (e são 50 ao todo) pode requerer atenção, pois a quantidade de monstros a serem enfrentados é bem razoável. Existem também fases bônus onde o cenário fica recheado de dados que contêm itens para aumentar a pontuação – uma vida é ganha a cada míseros cem mil pontos.
Opção para dois jogadores alternadamente; jogabilidade que não atrapalha; gráficos bem feitos; e uma (única) música repetitiva, mas bem encaixada no clima infantil da produção. Monstros demais e poucas vidas – o DNA dos jogos da época.

Enfim, um jogo divertido e bem nostálgico. Eu recomendo!

4 comentários:

  1. Eu lembro de um caso sobre esse jogo: na época, eu tinha alugado alguma coisa na locadora e era uma segunda-feira, quando fui devolver o jogo (aquela tristeza de sempre de devolver o game).

    Sempre quando entregava, dava uma olhada na prateleira pra ver se tinha alguma novidade ou algum jogo que eu nunca tinha visto por ali, e me deparei com a capa do Teddy Boy (aquela com o garotinho e um bicho passando pelo seu boné).

    Fiquei encanado com aquela capa tentando imaginar como seria o jogo. Não deu outra: na quarta feira eu convenci minha querida mãe a descer comigo lá na locadora DENOVO e alugar o tal do Teddy Boy....

    Qual foi a surpresa ao ver que o jogo era desse jeito.... e eu, na minha cabeça de criança, achando que era algo do tipo Alex Kidd, cheio de fases, castelos, inimigos, etc...

    No final das contas eu tive que encarar o jogo, pois tinha feito minha mãe gastar dinheiro e tempo pra me levar buscá-lo...

    Mas tá OK, faz parte da infância de qualquer gamer topar com alguma bomba vez ou outra :p

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  2. @Cosmão

    Velho guerreiro (apesar de termos a mesma idade ^^). Quanto tempo! Conheci Teddy boy pelos emuladores, pois é! A fita até que existia na locadora, mas eu nunca levei para casa. Eu até acho bacana o jogo, pena que zerar está fora de cogitação(parece, sem fonte confiável, ter 50 fases!). Ou seja, maçante ao extremo.

    Um abraço!

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  3. Olá! Eu sou o F.R do 32-128bits, nosso blog está aparecendo no seu como um parceiro, estou incluindo um link do seu Blog no nosso. Valeu!!!

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  4. @F.R.

    Eu que agradeço pela linkagem! Um abraço!

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