#34 Desert SpeedTrap starring Roadrunner

Desert SpeedTrap starring Roadrunner (Probe, 1993), o bonito jogo que trouxe direto dos cartoons uma das duplas mais engraçadas de todos os tempos: Willy E. Coiote na sua caça implacável ao Papa-Léguas (Roadrunner).

Os Contras

Pena que a produção trás na bagagem alguns pecados (a difícil jogabilidade, principalmente) que o tornam por vezes bem chato e difícil. E não estamos falando de um personagem que não responde bem aos comandos. O problema aqui é outro: a super sensibilidade às respostas. Pular em direção a uma plataforma é tarefa dificílima mesmo nos lugares mais tranquilos, e manter pressionado o botão significa ver a ave se comportar igual uma mola desgovernada.

 

A velocidade de Papa-Léguas, fator predominante nos desenhos, está presente no game. É um barato cruzar, subir e descer encostas, rodovias e vales com o personagem, mas dificulta e muito parar ou mesmo desviar dos perigos (a saber: plantas-carnívoras, caranguejos, abutres, mini-robôs, bolas de feno, escorpiões e gotas d’água).

Jogando

 

As fases são em tamanho caprichado possuindo diversos níveis a serem explorados e achar a saída (a meta-final dos estágios) de algumas só com ajuda das setas de sinalização. Começa-se em cada uma com o tempo de um minuto em contagem regressiva. Tempo esse que não será suficiente para terminar nenhuma das oito existentes. Estrelas deverão ser coletadas para incrementar o tempo – nas fases mais avançadas, próximo à saída, o número de estrelas disponível decai visivelmente. Como outras opções o jogador poderá: derrotar os inimigos (através do pulo) e coletar o relógio (ganho de 30 segundos); e/ou, acessar as máquinas de teletransporte encontradas que levam a cavernas com fartas constelações – e alguns adversários também.

 

Existem ainda outros itens coletáveis com os inimigos. A saber: invulnerabilidade temporária, um multiplicador (x10) da pontuação e um foguete que aumenta a velocidade de Papa-Léguas. 

 

A energia é marcada por quatro esferas amarelas no canto superior e perdê-la durante o jogo é muito fácil, muito mais junto às placas de Exit. O Coiote é presença garantida no fim das fases e não dá sossego com suas traquitanas. A recuperação da mesma se dá por meio dos pratos com semente (SEED) apertando o botão de ataque. Alguns são também marca-tela e outros um tipo de remédio amargo que não desce muito bem – tirando energia da ave.

Enfim

 

 

Apesar de alguns problemas, o jogo faz bonito. Os gráficos de Desert SpeedTrap transmitem todo o clima do desenho animado com uma paleta de cores bem diversificada e boas cut scenes ao estilo cartoon. Sonoramente, poucos (e simples) efeitos e música de fundo (um pouco baixa) que não incomoda podendo ser desligada por meio das opções na tela de início. Um jogo relativamente fácil, apenas pontuado por três coisas: 1) joga-se contra os controles muito sensíveis aos pulos; 2) perda de energia fácil; e, 3) um coiote bem rápido no fim das fases que pode irritar um pouco. Nem massante ou desafiante, um  jogo médio-bom que garante algumas risadas com suas tiradas cômicas e as trapalhadas do Coiote com os (infalíveis) produtos ACME.

 

 

Tenham todos um bom jogo!