30 março 2012

#40 Marble Madness


A Atari foi mais do que um simples videogame na década de 80, ela foi uma das grandes rainhas dos fliperamas emplacando sucessos e mais sucessos há 30 saudosos anos. Dentre esses, o bastante curioso Marble Madness (Tengen, 1992) teve sua conversão para o console. Marble em inglês pode ser traduzido como bolinha de gude e esse é o curioso brinquedo a ser controlado nos 6 níveis desse diferente desafio.


Após a tela inicial têm-se acesso as opções. As configurações do jogo permitem testar os efeitos sonoros, além da música; escolher o nível de dificuldade (indo do 0 ao 7); dois modos de controle da bola, normal e diagonal – ficando ao gosto do jogador a melhor forma de manejar a esfera azul – e a opção para começar de um nível específico, que ainda permanece um mistério para esse resenhista...


Controlando sua bola de gude o jogador deverá ultrapassar os percursos recheados de obstáculos como fendas e abismos, rampas, barras, pisos móveis, outras bolas e estranhos seres. Não existem vidas. Um cronômetro regressivo presente em todos os níveis lembra a todo tempo da urgência em contornar os trajetos até o GOAL. Uma queda ou esbarrão com inimigos significam segundos preciosos perdidos. O jogo possui uma boa física obrigando o player a dosar os comandos com precisão para evitar rebatidas em paredes ou se espatifar de um piso mais elevado, cair em um buraco...

Antes de iniciar a ação, uma tela exibe o nome da fase e o tempo disponível. Por isso, um bom treino nos estágios iniciais garante alguns segundos a mais nos últimos rounds (chamados de race). Cada fase conta com música e coloração própria. Os trajetos são diferentes e os pisos possuem relevos e elevações que podem conduzir o jogador a fendas ou mesmos armadilhas. A linha de chegada se encontra no canto mais inferior em todas as fases.

Existem alguns atalhos por meio de encanamentos e às vezes mais de um percurso permitido. Essas tubulações podem incrementar a pontuação ou levar a trajetos mais espinhosos. A dificuldade é crescente e inversamente proporcional ao tempo que decai agudamente nas fases finais. O tempo também encurta nos níveis de dificuldade mais elevados.


A pontuação no game é sua herança dos arcades e desafio pessoal para cada jogador. O avançar nos mapas é garantia de pontos assim com o uso de alguns encanamentos. Uma bonificação também é ganha ao completar a fase. Quanto menor o tempo do trajeto completado, maior o bônus. Ainda comentando sobre tempo, em alguns raros momentos uma varinha de condão incrementará o relógio em 10 segundos – bem interessante (e inusitada) essa animação.



Parte Técnica


Bons gráficos, música mediana e alguns efeitos sonoros simples. Destaque para os mapas que são bem bolados e possuem bom nível de definição. Graças a arte isométrica utilizada, é possível distinguir os aclives/declives, suas acentuações, a diferença de altura entre os pisos – e até alguns efeitos de sombra.

A física empregada é convincente, ainda mais levando em consideração à época em que o jogo foi concebido. Não chega a ser um primor de realismo, mas o esforço dos programadores nesse sentido deve ser reconhecido. Uma das coisas que ficou a desejar foi a ausência de animação da bola que aparenta não "rolar" – apesar de avançar rápido nos terrenos. Em compensação, os efeitos ao quicar numa lateral, cair ou mesmo reiniciar a partida após um erro são bem feitos.



Conclusão

Um jogo bastante original e que pode ser uma boa pedida para os jogadores que curtem games ao estilo time attack e desejam testar a precisão de suas ações em mapas complicados. Eu recomendo!

2 comentários:

  1. Taí um jogo viciante que só fui conhecer no emulador. E nem imaginava que era um jogo de fliperama do Atari.
    Esse tipo de game é aquele simples e divertido que vai se tornando viciante e desafiador. Lembra um pouco o Putt & Putter que vc já falou aqui no blog e que eu gostava muito. A diferença é que um a gente indica o trajeto e no outro controla a bola durante o trajeto.
    Show de bola Marcel, mais um post objetivo e bem feito! Gostei muito, abração.

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    1. Thanks Bro. Marble é um jogo realmente muito bacana e lembra em alguns momentos putt & putter (sendo esse último bem melhor, na minha humilde opinião). Valeu pelos elogios, um abraço!

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