15 março 2012

Hokuto no Ken [#38 e #39] [Especial] [1]

Fist-of-the-North-Star-2

Final do século XX. O planeta Terra é devastado por guerras nucleares tornando a sobrevivência dos seres humanos o maior dos desafios. Os mais fortes prevalecem sobre os mais fracos. Água e comida são recursos escassos e disputados ferozmente. Nesse cenário pós-apocalíptico surge Kenshiro, mestre da arte assassina Hokuto Shinken (Punho Divino da Estrela do Norte). Uma técnica tão poderosa que é capaz de explodir os adversários de dentro para fora.

Em busca de sua noiva Yuria, raptada por um rival, ele vai percorrer diversos lugares arrasados, por vezes sendo um justiceiro sem esquecer de sua missão. Assassinar seus irmãos de treinamento e se tornar o único detentor do estilo Hokuto Shinken em sua geração.

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Antes de DragonBall existir, o Mangá Hokuto no Ken foi sucesso absoluto em terras nipônicas. Aliando a boa arte de Tetsuo Hara e enredo com toques de violência, foi publicado no Japão durante cinco anos (entre 1983 e 1988) com direito à filmes, seriado na TV, episódios spin-off e (claro) jogos eletrônicos. Curiosamente, o 8-bits da Sega foi premiado com duas versões: a (original) japonesa e a americana, ou ocidental, que de tão distintas podem ser considerados como dois jogos do mesmo gênero.

#38 Black Belt

O irmão do Ocidente

Black Belt_016Black Belt (Sega, 1986) é talvez um dos melhores Briga de Rua para o console. Fácil de jogar, mecânica simples e um desafio de erguer as sobrancelhas com seus chefes apelões – que tiram bastante energia em poucos golpes. Sem nenhum continue e três vidas, ou pelo menos até alcançar os 100 mil pontos (e 300 mil para mais uma), jogamos com Riki, o excelente lutador de artes marciais que teve sua namorada Kyoko sequestrada pelo seu arqui-rival Wang. Para isso será necessário cruzar os 6 níveis do jogo com seus incontáveis (às vezes armados) vilões, sub-chefes e Chefões no final de cada fase – um desafio pra suar a camisa, mas longe de ser o mais impossível dos jogos.

A versão americana (e reprogramada por Yuji Naka – o mesmo de Sonic the Hedgehog) não remete em nenhum momento ao Mangá – a contracapa brasileira menciona que o lutador é faixa preta em Karatê. Além dessas curiosidades outras de aspecto técnico foram providas para o game. As fases são totalmente distintas e o design do personagem e vilões também, além de uma dificuldade visivelmente moderada quando comparado com o original Hokuto no Ken japonês – na certa para agradar o público não-oriental.

Black Belt_006Afora isso, Black Belt é um excelente game. Parte técnica bem feita: personagens em bom tamanho na tela; música calibrada; jogabilidade suave; e não há quebra de sprites ou telas de slowdown. Ainda existe uma segunda perspectiva, com personagens maiores nos confrontos com os Chefões – ao estilo Close Combat – e que são os grandes desafios do jogo sem sombra de dúvida.

As fases (chamadas de capítulos) não são extensas, mas possuem grande número de inimigos e alguns sub-chefes de razoável dificuldade. O número deles varia de fase-a-fase: na primeira 4, na segunda 2… Nelas alguns itens vão sobrevoar a tela (além dos bandidos) e serão acessíveis através do pulo alto (segure BAIXO, depois CIMA). Os itens podem recuperar energia (os em forma de comida) ou dar invencibilidade temporária (o caractere japonês que significa força). Os golpes de Riki são o soco e o chute – com esse segundo tirando mais energia nos Chefões – e suas variações normais abaixado ou combinado com o pulo ou o pulo alto.

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Apesar de maçante em diversos momentos, a variedade de ações e golpes desferidos pelos chefes, e que vai exigir alguma destreza por parte do jogador, torna Black Belt um bom Briga de Rua, fazendo jus estar em muitas listas de TOP do console pois conseguiu unir uma boa arte gráfica, com jogabilidade agradável e desafio na medida certa.
continua…

4 comentários:

  1. esse black belt já ouvi falar muito. e como gosto e muito da saga do Kenshiro(aluno do Chuck Norris...ou o professor dele) terei que joga-lo

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    1. É um jogo muito bacana de um simplicidade absurda. Não tem uma tela de status, é recheado de inimigos e altamente viciante. Particularmente, eu gosto muito de Black Belt.

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  2. Eu sou muito fã desse jogo!
    Não consigo ver o Black Belt como adaptação do Hokuto no Ken, mesmo sabendo da verdade. Eu cresci jogando a versão ocidental, não consigo aceitar o fato! hehehe
    Aliás, nunca vi o Mangá, não conheço muito da história, mas foi legal ler aqui e saber um pouco do que se trata.
    Tentei jogar a versão oriental em emuladores, mas o quarto sub-chefe da primeira fase (um barrigudão) nessa versão parece invencível. Daí acabei desistindo de continuar.
    De qualquer forma, a SEGA bem que poderia ter lançado continuações desse jogo, grande vacilo deles (mais um, infelizmente).
    Muito boa a análise!

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  3. @Gamer

    Também concordo com você. O game é muito bom, e Hokuto é bem mais pauleira mesmo. Hoje em dia com a massificação do videogame, um mangá como Hokuto no Ken teria diversas continuações e ampla divulgação na mídia. Mas, infelizmente, eram outros tempos... Um abraço e obrigado pelos elogios.

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