#39 Hokuto no Ken
Outro jogo, outra história, outro desafio. Hokuto no Ken (Sega, 1986) é um ótimo jogo. O original japonês procurou ser bastante fiel ao Mangá e de quebra um título mais difícil que Black Belt.
Shin, o detentor da arte Nanto Seiken – antagônica ao estilo Hokuto Shinken. Após derrotá-lo, Kenshiro descobre que sua namorada Yuria não estava em poder do seu rival
Os cenários de fundo das fases são locais arrasados com construções decrépitas o que em muito lembra o enredo do Mangá. A fórmula é a mesma usada nos dois jogos: os mesmos inimigos de uma ponta a outra da fase com alguns sub-chefes para tirar mais energia – e servir de marca-tela após serem derrotados. Já a ambientação das fases não é muito variada, sendo que nesse ponto Black Belt é mais rico.
Os inimigos têm grafia diferente assim como os chefes. E fica até como curiosidade a foto do enorme boss da fase 3 que solta magias, e foge ao estilo das batalhas com os demais chefes pois o personagem não “cresce”.
Chefes 3 e 5 (Devil e Souther). Os cenários das batalhas em nada lembram Black Belt
Nos combates com os chefes, uma característica que chamou bastante atenção em ambas as versões: as finalizações das lutas com Riki/Kenshiro desferindo diversos socos e chutes em sequência e grande velocidade. Para cada adversário, um golpe específico é utilizado com o nome revelado em japonês no meio da cena de batalha. Eis uma grande surpresa: as técnicas são diferentes entre os games – vale uma jogada!
O que torna Hokuto mais difícil que sua versão ocidental é a impossibilidade de recuperação de energia. No americano qualquer fase é recheada de “comida voadora” que restaura energia e pode ser coletada pelo pulo alto, no japonês não há nada disso. Mas existe o item que confere invencibilidade temporária (a letra P) que aparece em raríssimos momentos. Fora isso, as únicas formas de recuperar energia é: antes dos combates com os chefes ou em uma nova tentativa após morrer...
Raoh, o último e mais poderoso chefe do jogo
Um detalhe curioso é que no último combate contra Raoh (em Hokuto), Kenshiro o transforma em pedra repetindo o desfecho da batalha tal qual no Mangá. Na versão americana o último golpe desferido por Riki apenas congela Wang com o braço estendido para cima – o efeito é bem estranho e não existe exatamente uma explicação para isso.
E assim encerramos mais um especial sobre essa produção que ao completar 25 anos em 2008 teve filmes, jogos (uma versão para PS3 que não recebeu muito elogios) relançados e trouxe a febre do anime de volta. Um abraço a todos e bons jogos!
Grande Kenshiro! ( como diria Fausto Silva )
ResponderExcluirCara adoro Hokuto no Ken, tanto mangá quanto o anime ( porém a mangá supera anos luz á frente o anime onde sugaram grande parte da viôlencia gráfica e tudo ficou meio...meh ). Não conhecia esse game pro Master, só sabia do Black Belt...o qual depois que descobri que era Hokuto no Ken e ví o que os americanos fizeram passei a abominar XD
Esse dai é bem fiel ao mangá pelo que você disse...legal vou conferir aqui no meu Dingoo quando eu conseguir emular Master System hahaha
Abraço ai velho!
Ainda não tive a chance de ler o mangá, mas quem já leu fala exatamente o que você disse: o anime é uma versão "florida" da história. Eu curto ambos os games, tanto músicas como ambientação, absolutamente tudo nessas produções (na minha opinião) é perfeito. Com toda certeza a adaptação americana aconteceu devido a direitos autorais e tantas outras burocracias do mundo moderno.
ExcluirAconselho demais testar ambas as versões no Dingoo, vc não vai se arrepender. Um abraço!
Caramba, essa foto do chefe 3 me deixou curioso! Ele é bem diferente do tal do Gonta que enfrentamos no Black Belt.
ResponderExcluirOK, vou reconsiderar jogar Hokuto no Ken... o jogo parece tão bom quanto a versão ocidental. E o mais importante é que é diferente, não é só o mesmo jogo com outra roupagem. É só eu conseguir derrotar o tal quarto subchefe da primeira fase e tá tudo certo! hahaha!
É verdade, eu sempre quis entender pq diabos o Wang congela com o braço estendido pra cima no Black Belt, nunca achei nada que explicasse isso. Vai ver ele aprendeu o shoryuken tarde demais... hehehe!
Outro ótimo post!
Abraço
Fala gamer! Obrigado pelo elogio. Foi justamente esse detalhe estranho do último chefe que me fez pesquisar mais sobre Black Belt e descobrir toda a história por trás do Mangá. Ainda pretendo ler o Mangá um dia e comentar alguma coisa no meu outro blog. Um abraço!
ExcluirFala Marcel, desculpa o comentario tardio. Como cheguei atrasado li as duas partes de uma só vez e vou comentar só aqui.
ResponderExcluirQue belissima matéria meu amigo. Nunca tive vontade de jogar Hokuto no Ken por preconceito meu, pensava, pô, já temos Black Belt pra que jogar o outro se é igualzinho. Mas não é por aí, pelo que vi, vale muito a pena conhecer a versão original. E acho que vale muito a pena ler o mangá hein.
Parabéns, vc fez um excelente trabalho aqui, abração.
Valeu Bro! Pois é, eu também tinha essa mesma ideia na cabeça até que eum dia resolvi testar o game japonês. Fiquei pasmo quando mal conseguia passar da primeira fase (e olha que em Black Belt eu me considerava fera, hehe). Um abraço!
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