10 maio 2012

#46 Mortal Kombat


Agora é a vez dos jogos de Luta, ou Close Combat como muitos preferem, no blog. Mortal Kombat (Arena/Probe, 1993) debutou no console trazendo gráficos digitalizados e uma movimentação estranha, mas ainda assim um jogo a ser conhecido.

Antes de analisar o jogo algumas coisas devem ser ponderadas. Não foi uma adaptação muito feliz, pra dizer o mínimo.  Razoável é a melhor classificação para o mesmo. É claro que a criançada deve ter corrido em direção as prateleiras quando viram o grande hit dos jogos de luta desembarcar no Master. Infelizmente, a empolgação para na capa. O jogo padece de muita coisa – a começar de uma jogabilidade mais amigável.
O corte de alguns quadros dos personagens tornou a movimentação menos fluída, passando um estranho efeito de câmera lenta durante as batalhas. Um detalhe que passa batido após algumas partidas. Os golpes são difíceis de serem executados (os golpes fatais principalmente) e a “defesa” (trás + botão 1) não ajuda muito. A música do jogo procura manter o clima de combate, mas não chega a ser boa ou mesmo marcante. Gráficos razoáveis e ausência de sons (muito raros) são as maiores faltas da produção.


O esforço dos produtores em trazer Mortal Kombat para o console é louvável. Gráficos digitalizados num 8-bits? Coisa rara... As limitações do Master também impuseram a ceifa de um personagem, Kano; e apenas os cenários The Pit e Goro’s Lair estão presentes.

Um ponto chato: se morre/perde energia muito rápido e não existe outra referência além da visual – e isso (também) graças a baixa qualidade sonora do game. Até mesmo defendendo se perde energia considerável (aparenta mais ser um erro na programação do jogo). Com certeza o jogador vai se surpreender com um round perdido em meio a batalha por achar que ainda lhe restava mais energia.

Vamos ao jogo

Dito isso, agora é hora do combate. Existem 6 personagens: Liu Kang, Rayden, Scorpion, Sub Zero, Jonhy Cage e a presença feminina de Sonia. Graficamente eles lembram muito as versões do arcade e para outras plataformas, talvez apenas mais “escurecidos”. Os (dois) cenários são bem fiéis também – o MK original nunca teve gráficos maravilhosos então não há muito que esperar.

Insistência. Palavrinha mágica para conseguir dominar o jogo e avançar nos duelos. Os golpes por vezes não respondem aos comandos e os fatalities prescindem de uma coordenação e agilidade extras, some-se isso ao fato do tempo de execução ser curto, o que restringe o número de possíveis tentativas.

Nem com os 6 braços de Goro é possível dizer que é um jogo “zerável”. A dificuldade lembra e muito o original dos arcades (sem tirar nem pôr). Trocando em miúdos, de média a acentuada com combates cada vez mais difíceis. O nível Hard do jogo não deixa nada a desejar...

O jogador combate todos os lutadores, depois passa pela Mirror Match, os três Enduro depois Goro e por fim Shang Tsung. Ou seja, o battle plan foi mantido em sua essência exceto pelos desafios test your might que não estão presentes. Para os que não recordam: um modo de competição onde o jogador apertava repetidamente os botões para quebrar barras de gelo, aço (e alguns joypads too ¬¬).


Secret “Blood” Code


A série Mortal Kombat chamou atenção por introduzir sangue em doses cavalares em seus jogos – o que causou muita polêmica e protesto por parte de pais e acalorados debates a respeito da violência nos games. A versão do Super Nintendo foi censurada e os golpes eram acompanhados de areia ao invés de sangue. A Sega adotou política diferente e deixou isso disponível no título do Master, mas apenas através do acionamento de um código na tela de introdução do jogo.

Na tela que menciona o código faça: 2,1,2, BAIXO, CIMA, BAIXO. A mensagem Now Entering Kombat aparecerá
Muitos fatalities mudam com a habilitação (opinião pessoal: deixa o jogo melhor e mais próximo do original – palavras de um jogador não muito fã da série). Enfim, uma boa conversão utilizando muito da capacidade do console mesmo que tenha ficado bem aquém das outras tiragens que fizeram famas nas demais plataformas. 

Uma boa luta!

8 comentários:

  1. vou baixar esse, mesmo não sendo tão bom como esperado, é Mortal Kombat.

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    1. Eu que não sou um grande fã da série, tenho que reconhecer que foi um trabalho admirável para o Master System - mas é um título que eu jamais compraria. ¬¬

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  2. Caramba, tudo bem que o game foi BEM "capado" pra rodar no velho Master...mas ainda assim é um trabalho literalmente de "mestre" ( sacou? master...de mestre ham, ham? XD ) criar esses gráficos no console! O NES nem de longe conseguiria algo desse nivel graficamente...pena eu nunca ter simpatizado nem com as versões caseiras desse jogo hahaha XD
    Anyways Marcel, um game que conseguiu puxar bastante os limites do "console" como esse foi o Alone in the Dark The New Nightmare para o Game Boy Color...se tu tiver um tempo da uma olhada nele, quem sabe até rende um post no Game Boy Classics né? embora eu não saiba se esse jogo rodado em um emulador fique tão admiravel graficamente quanto no pequenino Game Boy...tenta sei lá usar o emulador em uma janela pequena e tal, de qualquer maneira fica a dica ( se tu já não conhecer o game né XD )
    Abraço velho!

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    1. Também não sou um grande fã da série mas (como disse acima) admiro muito o trabalho realizado. E sim, conheço Alone para o Game Boy e pretendo escrever para ele em algum momento. Um abraço e valeu pela dica!

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  3. Permita-me dizer que vc foi bondoso com o jogo... razoável é um grande elogio pra MK do Master. Eu detestei a conversão feita tanto dele quanto do MKII, tanto que acabei trocando recentemente o cartucho do segundo pq ficou lá encostado só pra coleção e eu não via mais sentido nisso.
    De qualquer forma concordo com vc que usar imagens digitalizadas em um console de 8 bits foi um grande feito. Isso comprova a superioridade do console em relação ao seu rival NES quando o assunto é hardware. Antes que algum nintendista maluco me xingue aqui, estou falando apenas do hardware! hehehe
    Que venham os próximos jogos de luta! :)

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    1. Após ler esse texto, um amigo meu falou que eu deveria entrar na política. Hehe! Um abraço!

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  4. Na versão 8bits os games de luta são os que mais sofrem...eu tive o MK II do Master e digo que melhorou e muito em comparação a esse

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    1. Muita gente já me falou isso. Mas nunca nem emulei. Eu não sou muito fã da franquia apesar de reconhecer o valor dos jogos.

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