Típico Shooter de scrolling-vertical, Line of Fire (Sega, 1988/91) é um game básico que remete a essência do que foram os antigos sucessos de arcade da Sega (o que em parte explica a sua boa adaptação para o console). A aventura começa quando Jack, um agente infiltrado secretamente numa base militar adversária, encontra os planos de uma nova arma sendo desenvolvida. Ao ser descoberto, não possui alternativa se não enfrentar as tropas inimigas e sair vivo dos conflitos para assim poder retornar com a arma para o exército aliado.
Nos comandos
É com essa mistura de espionagem na pele de um herói de guerra que começa Line of Fire, um jogo relativamente fácil para os padrões do gênero (esse comentário não se aplica ao último chefe) e que pode garantir alguns momentos de diversão por ser bastante simples e relativamente despretensioso. No game controlamos o valente soldado Jack a bordo de 3 diferentes veículos: o jipe nas fases 1, 2 e 4; a lancha na terceira; e o helicóptero nas duas últimas.
No comando de qualquer um desses veículos a munição é a mesma: o tiro comum (uma bala de grosso calibre) e o míssil. Ambos sendo mais do que suficientes para os confrontos e que talvez explique a ausência de power-ups no game. Os inimigos podem estar em dois planos diferentes, um normal e outro mais acima. Com exceção das fases 5 e 6, com o helicóptero, onde essa disposição é inversa. Cada munição atua em apenas um desses níveis.
Combates contra helicópteros no meio da selva (fase 2) e o Mapa entre as fases que adianta qual será o próximo terreno dos combate |
Ainda falando sobre a munição, os mísseis podem ser "direcionados" – de uma maneira estranha e requer algum costume. Toda vez que o jogador dispara um míssil é possível por meio da movimentação lateral movê-lo na mesma direção. Essa “habilidade” complica em alguns momentos, por exemplo, quando com alguns dos veículos for necessário esquivar de fogo inimigo ou mesmo usar outras linhas no avançar dos campos.
As tropas inimigas são compostas de combatentes rasos, veículos de ataque, baterias de defesa, e os chefes de fase que são (tipicamente) grandes máquinas de guerra ocupando boa parte superior da tela. Não são trabalhosos, mas contra-indicados para enfrentamento com pouca energia ou mísseis que tem quantidade limitada.
À direita em todas as telas o HUD. Nas imagens a fase 3 (a única com a lancha), uma das mais variadas em termos de inimigos |
No jogo alguns veículos de apoio depois de destruídos presenteiam o jogador com restauração de energia ou mais 30 mísseis. Como esses surgem do canto inferior da tela, o mais comum é trombar. Perde-se alguma energia, o que em contrapartida garante a coleta do item.
Palavras finais
As fases são bem variadas e seguem a ambientação exposta no mapa que é apresentada após a conclusão de cada uma. A música é simples e, assim como os efeitos sonoros, sem nada de marcante. Os gráficos não são majestosos nem inesquecíveis e, que não são de todo mal, lembram o jogo Mercs, e pode-se acrescentar as poucas quebras de sprites nesse quesito. O grande pecado (ou pesar) da produção é o fato da movimentação dos veículos e inimigos ser em câmera lenta, com exceção do helicóptero controlado pelo jogador que aparenta ser ligeiramente mais rápido que os demais.
Evite ficar próximo aos paredões nos cantos estreitos (fase 4) e evite perder energia nos combates com o helicóptero (fase 5) para enfrentar o chefe com "fôlego" |
Comentando ainda sobre a parte técnica, as cut scenes do início do jogo são boas e colocam o jogador por dentro da trama. Comente-se: como isso faz falta em alguns jogos sem manual! Infelizmente, essas cenas não fazem parte de outros momentos no desenrolar das fases. Detalhe curioso: O jogo possui suporte para os óculos 3D do master com acionamento por meio de código ao ligar o console (informação do manual). Não consegui testar (fica a título de informação).
Última fase: Inimigos camuflados, muitos caças e um chefe sacana de matar |
Poucas e curtas fases, razoável dificuldade, certa fartura de adversários, jogabilidade meio travada sendo, mesmo assim, uma opção que pode agradar aos que queiram curtir um game menos elaborado. Recomendável!
Acho esse jogo perfeito! Bem elaborado, gráficos ótimos e inesquecíveis!
ResponderExcluirEu sou muito fã de Line of Fire. Uma das minhas tristezas na infância foi não comprar o cartucho na queima de estoque que a locadora fez para substituir as estantes por jogos em CD (PSOne e Saturn para ser mais preciso).
ExcluirUm abraço e obrigado pela visita!